07 de agosto de 2015 | 09:15

Pré-candidatos republicanos dos EUA condenam acordo nuclear com Irã

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Os pré-candidatos republicanos à presidência dos Estados Unidos pediram um claro realinhamento da política externa do país, em dois debates ocorridos entre eles na quinta-feira. Segundo eles, o governo do presidente Barack Obama perdeu influência no Oriente Médio e permitiu que o Estado Islâmico e o Irã ganhassem espaço de maneira perigosa pela região. Muitos dos candidatos ofereceram propostas similares para lidar com o Oriente Médio: reparar as relações com Israel, acabar com o acordo nuclear com o Irã e assumir uma postura mais agressiva em relação ao Estado Islâmico. Mas houve também diferenças. O empresário Donal Trump focou sua atenção na política externa no comércio, dizendo que milhões de importações de automóveis do Japão e desequilíbrios comerciais com a China e o México estão prejudicando trabalhadores dos Estados Unidos. A ex-executiva-chefe da HP Carly Fiorina disse que os ataques cibernéticos ocorridos da China e da Rússia são tão desestabilizadores quanto as redes terroristas no Oriente Médio. O governador de Nova Jersey, Chris Christie, disse que a Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) deve ter alguns de seus poderes de monitoramento restaurados, para combater ameaças terroristas. Já o senador Rand Paul argumentou que os poderes de espionagem do governo eram uma intromissão na privacidade dos norte-americanos, o que gerou uma discussão com Christie. Em relação ao caso iraniano, os pré-candidatos mostraram em geral unidos, condenando o acordo fechado entre os EUA e mais cinco potências e Teerã para controlar o programa nuclear do país em troca de um alívio nas sanções contra o Irã. Vários deles disseram que cancelariam o acordo em seu primeiro dia na Casa Branca.

Estadão
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