10 de agosto de 2015 | 18:24

Programa que analisa níveis de agrotóxicos em alimentos pode ser implantado na Bahia

bahia

Entre os anos de 2000 e 2009, o crescimento do consumo de agrotóxicos no mundo aumentou quase 100%. No Brasil, líder no consumo mundial, a taxa de crescimento atingiu quase 200%. Pesquisas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) mostram que 15,28% dos alimentos do país têm resíduos de agrotóxico acima do admissível e a falta de controle de aplicação, aliada aos expressivos números do mercado, aponta para um uso excessivo e abusivo desses produtos. O presidente da Frente Parlamentar Ambientalista da Bahia, deputado estadual Marcelino Galo (PT), solicitou ao Governo do Estado, por meio de indicação, a adoção de medidas que instituam Programa Estadual de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA-BAHIA) à semelhança do que já ocorre em esfera nacional. “O Estado da Bahia tem não somente a prerrogativa como a obrigação legal de legislar de forma a proteger o meio ambiente, controlar a poluição e, sobretudo, proteger e defender a saúde da população”, afirma o petista ao lembrar que o programa, criado em 2001, tem o objetivo de estruturar um serviço para avaliar e promover a qualidade dos alimentos em relação ao uso de agrotóxicos e afins. O PARA é reconhecido por inúmeros setores da sociedade. A adoção desta medida na Bahia permitirá à Divisa não somente verificar se os alimentos comercializados no varejo apresentam níveis de resíduos de agrotóxicos dentro dos Limites Máximos de Resíduos (LMR) estabelecidos pela Anvisa e publicados em monografia específica para cada agrotóxico, como também conferir se os agrotóxicos utilizados estão devidamente registrados e se foram aplicados somente nas culturas para as quais estão autorizados, além de estimar a exposição da população a resíduos de agrotóxicos em alimentos de origem vegetal e avaliar o risco à saúde dessa exposição.

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