Foto: Dida Sampaio/Estadão
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) 25 de novembro de 2015 | 13:52

Filha de Cunha diz em rede social que é advogada do BTG Pactual

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O BTG Pactual, cujo CEO, André Esteves, foi preso hoje pela Polícia Federal no âmbito da Operação Lava jato, tem em seu quadro de advogados Camilla Dytz da Cunha, filha do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A advogada lista o emprego no banco, iniciado em janeiro de 2014, em pelo menos duas redes sociais, o LinkedIn, voltado a relações profissionais, e o Facebook. No fim de outubro, um relatório de análise do Ministério Público Federal indicou os caminhos secretos que o dinheiro atribuído ao presidente da Câmara – e que teria a origem em pagamentos de propina – percorreu até a Suíça. O relatório esmiúça, amparado nas informações enviadas pelo país europeu, cinco contas que se ligam e que incriminam Cunha: Triumph SP, Orion SP, Netherton Investments LTD, Kopek, e Acona International, alojadas nos bancos suíços Julius Baer e BSI. O BTG anunciou a compra do banco suíço BSI em 14 de julho de 2014. Dois meses antes, a instituição brasileira havia celebrado um termo de exclusividade para negociar a compra. Com a aprovação dos órgãos reguladores, o BTG passou a gerir uma carteira de aproximadamente US$ 200 bilhões em fortunas no mundo inteiro. “Isso nos faz um grande player global. É o grande tema dessa fusão. Nos coloca globalmente como um grande participante da indústria de asset management e com um uma presença significativa no negócio global de wealth management”, afirmou Esteves à época do anúncio. A transação foi concluída em setembro deste ano, com aprovação dos órgãos reguladores de ambos os países.

Estadão
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