01 de novembro de 2015 | 18:36

Greve na Petrobras atinge Bacia de Campos hoje

brasil

A greve na Petrobras ganha proporção a partir das 15h de hoje, quando sindicatos integrantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) começam a desacelerar a operação nas principais unidades da empresa. Na Bacia de Campos, que responde por 80% da produção de petróleo e gás natural no País, o movimento será iniciado às 19h. As demais unidades entrarão em greve, aos poucos, a partir das 15h. Não há perspectiva de parar a produção a ponto de provocar desabastecimento de combustíveis, informou a FUP. Agora, em vez de pedir reajuste salarial e ganhos trabalhistas, a principal pauta de reivindicação dos petroleiros é o fim do plano de venda de ativos da Petrobras. Por estar com o caixa comprometido com dívidas, a empresa está se desfazendo de parte do seu patrimônio para fazer receita. No mês passado, anunciou a venda de 49% da subsidiária de distribuição de gás natural, a Gaspetro, para a japonesa Mitsui e ainda busca sócio para a BR Distribuidora. Para a FUP, é possível engordar o caixa da empresa sem vender parte dela. Além de argumentar que o plano de desinvestimento vai gerar demissões dentro da companhia, os sindicalistas alegam que ele terá impacto também na economia brasileira como um todo. “A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos vêm desde junho tentando discutir com a Petrobras e com o governo alternativas para que a empresa continue cumprindo o seu papel de indutora do desenvolvimento nacional”, traz nota distribuída pela instituição. Em seu comunicado, os petroleiros utilizam estudo elaborado pelo Ministério da Fazenda, que aponta que para cada R$ 1 bilhão que a Petrobras deixa de investir no Brasil o efeito sobre o Produto Interno Bruto (PIB) é de R$ 2,5 bilhões. “Se o Plano de Negócios da empresa não for alterado, a estimativa é de que 20 milhões de empregos deixarão de ser gerados até 2019”, informa a federação em comunicado.

Estadão Conteúdo
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