Foto: Tasso Marcelo/Estadão
A presidente Dilma Rousseff (decostas) e líderes das forças armadas 07 de janeiro de 2016 | 16:54

Aumentos para funcionalismo terão custo extra de R$ 50,2 bi até 2019

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No último dia do ano passado, a presidente Dilma Rousseff apresentou ao Congresso Nacional um pacote com seis projetos de lei de concessão de reajustes salariais para a maioria das categorias do serviço público federal e das Forças Armadas – incluindo aí ativos, aposentados e pensionistas. Pelas contas do próprio governo, as propostas terão impacto extra para os cofres públicos de R$ 50,2 bilhões entre 2016 e 2019, caso venham ser aprovadas pelos parlamentares. O pacote contempla os acordos fechados ao longo de 2015 pelo Ministério do Planejamento com cerca de 1,1 milhão de servidores civis do Executivo (90% do total). A maior despesa até 2019 será, segundo um dos projetos, com o reajuste estimado em R$ 14 bilhões para os 740 mil militares e beneficiários do Exército, Marinha e Aeronáutica. O impacto dos aumentos somente para este ano será de pelo menos R$ 2,5 bilhões – essa conta exclui o aumento específico para os militares, cujo valor previsto para 2016 não consta no projeto encaminhado pelo Executivo ao Legislativo. O pacote demonstra que o governo não conseguiu cumprir à risca a intenção anunciada em meados do ano passado de conceder um reajuste linear de 21,3% para o funcionalismo escalonado entre 2016 e 2019. Dilma foi obrigada a ceder aos servidores, representados por sindicatos que constituem uma importante base de apoio à gestão petista em momentos de discussão sobre impeachment. A maior parte dos servidores preferiu diminuir o prazo para a concessão dos reajuste para até 2017, com aumento médio de 10,8% no período. Isso significa que, em 2017, o governo federal deve ter pela frente uma nova rodada de negociação salarial. Houve ainda outra negociação, para carreiras típicas de Estado, como analistas do Tesouro Nacional e do Banco Central, cujo reajuste foi de 27,9% ao longo de quatro anos. Leia mais no Estadão.

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