08 de março de 2016 | 16:55

Investigada na Lava Jato, filha de Cunha tenta evitar ser julgada por Moro

brasil

Os advogados de Danielle Dytz, filha do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), enviaram nesta terça-feira, 8, ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para manter na Suprema Corte as investigações contra ela no âmbito da Operação Lava Jato. A manifestação se opõe a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o caso. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defende o desmembramento do inquérito baseado em indícios de que propina da Petrobras teria abastecido contas ilegais na Suíça em nome do parlamentar, da mulher, Claudia Cruz e da filha. Segundo Janot, como não têm direito a foro privilegiado, Danielle e Cláudia devem ser investigadas pelo juiz Sérgio Moro, na primeira instância, em Curitiba. Cunha, alvo de três processos no Supremo por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras, já foi denunciado ao STF por Janot por causa desse inquérito. A PGR aponta que ele teria recebido mais de R$ 5 milhões em propinas em contratos da estatal em Benin, na África, que teriam abastecido as contas ilegais no país europeu. Segundo os advogados de Danielle, o pedido feito por Janot para desmembrar os casos dificultaria a defesa por causa da “clara imbricação das condutas dos investigados”. Na manifestação, a defesa da filha do parlamentar diz não haver como separar a análise da conduta atribuída a ela e à madrasta das práticas criminosas pelos quais seu pai já foi denunciado.

Estadão Conteúdo
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