Foto: Divulgação/GOV-BA
07 de março de 2016 | 10:35

Mulheres comandam sete bases comunitárias de segurança na Bahia

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Entre todas as atividades diárias de uma dona de casa e de mãe com um filho pequeno, Camila Soledade tem espaço para mais uma ocupação. Ela é capitã da Polícia Militar e comanda a Base Comunitária de Segurança (BCS) do bairro do Rio Sena, em Salvador. Na Bahia, outras seis mulheres estão à frente dessas unidades e, como Camila, conseguem conciliar a rotina cheia com um trabalho que exige muita responsabilidade e amor pelo que faz. Camila administra as tarefas da casa onde mora com a filha, Joana, de apenas um ano e dez meses, e também recebe a ajuda de outra mulher: a mãe. A aposentada Maria Eutália Soledade se orgulha da carreira de Camila e, ao mesmo tempo, se preocupa com a filha. “Ela me dá muito orgulho. Eu vejo o quanto ela se envolve e se preocupa com as pessoas. O cuidado que ela tem com o que faz para a comunidade é bonito de se ver. Eu, enquanto mãe, não deixo de me preocupar, mas respeito muito a profissão dela e admiro também”, afirma a aposentada. Para dar conta de tudo, a capitã acredita que não há fórmula mágica e que para todas as mulheres em posição de comando, como a dela, cada desafio é uma forma de aprendizado. “É uma correria, eu tenho vários outros filhos na unidade, na comunidade. Tem que com jogo de cintura, sabedoria, resiliência e paciência, administrando tudo. Aos pouquinhos vai dando certo”. Para Camila, o trabalho na base comunitária “é uma experiência gratificante. Aprendo muito a cada dia com todas as pessoas à minha volta e os resultados estão aí como uma forma de resposta para a gente, enquanto polícia. Se não fosse essa correria, não estaria completa”. Segundo o aspirante a oficial da PM e subcomandante da BCS de Rio Sena, Felipe Gomes, trabalhar com a capitã Camila tem sido um grande aprendizado. “Sobretudo por causa da postura e da forma como ela lida com o projetos que nós temos aqui e com a própria tropa. No trato com as crianças, ela tem uma sensibilidade, veio de uma comunidade carente e tem essa relação com a população”, contou o subcomandante.

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