06 de abril de 2016 | 06:40

Ciclo de debates na UFBA discute impeachment, manifestações e o poder da mídia

bahia

Quatro convidados com histórico de militância em partidos políticos brasileiros fizeram parte do segundo dia do ciclo de debates Cultura e Democracia, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), nesta terça-feira (5) em Salvador. A diretora da Escola Nacional de Formação do PT, Selma Rocha, abriu a mesa redonda – mediada pelo vice-reitor da UFBA, Paulo Miguez- e fez um breve balanço do que ela considera avanços conquistados pelo Brasil, promovidos pelo partido do qual faz parte. Sobre acusações de corrupção, a diretora defendeu o partido e a si mesma e atribuiu as manifestações sociais contra o impeachment nas ruas à união popular. “Esse revigoramento nas ruas é resultado da união de classe e a dialética do conflito que fez as pessoas irem às ruas, além da luta de classes. Não acho que possa haver transformação social sem participação dos trabalhadores, principalmente nas ruas. O Brasil não terá saída sem integração, porque ela é necessária, sob a pena de não conseguirmos avanços”, disse Selma. “Tem que deixar Dilma governar, que é o que a direita ainda não fez, com mudanças econômicas principalmente”. O segundo palestrante do debate, na reitoria da UFBA, foi o ex-candidato à Presidência da República pelo PSTU, Zé Maria. O político teceu críticas ao atual governo federal e defendeu novas eleições, sem financiamento de empresas, com “direitos iguais em debates televisivos”. Zé Maria ainda disse que, apesar de não defender o governo Dilma, não se enquadra na direita brasileira. “Há uma polarização que leva parte da classe trabalhadora a cair no canto da sereia de partidos de direita”. Para ele, o atual cenário político brasileiro está conflituoso, porque o governo fez alianças questionáveis e isso fez com que “as classes trabalhadoras buscassem a primeira alternativa” ao apoiar políticos de direita. Ao se dizer contra o impeachment, o político defendeu novas eleições gerais, para atender as necessidades brasileiras. Leia mais na Agência Brasil.

Sayonara Moreno, Agência Brasil
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