07 de abril de 2016 | 06:45

Em evento na UFBA, acadêmicos criticam pedido de impeachment

bahia

Professores universitários que participaram ontem (6) do ciclo de debates Crise e Democracia, na Universidade Federal da Bahia (UFBA), criticaram o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, que tramita na Câmara. Todos os participantes se posicionaram contra a saída de Dilma antes do fim de seu mandato. Apesar da defesa, os debatedores não economizaram críticas ao governo petista. “Prometeram para nós que em 2016 o Brasil seria a quinta economia do mundo, que estaríamos nadando em petróleo. Houve uma frustração enorme e uma parte da sociedade se aproveita disso para colocar seu preconceito. Se não entendermos os erros da primeira experiência do governo de esquerda no Brasil, nunca mais vamos voltar a governar esse país”, disse o professor da Universidade de São Paulo (USP) Vladimir Safatle. O professor da Universidade Federal do ABC (UFABC) e dirigente do PT, Valter Pomar, discordou de Safatle. Para Pomar, o que está sendo atacado pela direita brasileira são os avanços na área social obtidos nos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma. “Não são os defeitos do PT o alvo da direita. São as qualidades do que nós fizemos. A questão é saber como derrotar a direita recuperando uma ofensiva, o caminho das mudanças.” O professor da UFBA Jorge Almeida disse que o país vive uma “crise de legitimidade”, por não encontrar em nenhum dos maiores atores políticos da atualidade uma figura que transmita a confiança necessária para reverter a crise. “O governo Dilma está dentro da legalidade, mas perdeu a legitimidade porque fez tudo o que disse que não faria. Mas os outros também não têm legitimidade. Com ou sem impeachment a crise econômica e política vão continuar, porque não existe nenhuma liderança capaz de solucionar isso”. Leia mais na Agência Brasil.

Agência Brasil
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