ACM Neto se encontra com Geddel em Brasília

A chegada do aliado PMDB na Presidência da República, com ascensão do vice-presidente Michel Temer após Dilma Rousseff (PT) ser afastada do cargo pelo Senado, representa para o prefeito ACM Neto (DEM) uma oportunidade para o destravamento de projetos que possui para a cidade e que não decolavam por falta da liberação dos recursos pela gestão petista. A implantação do BRT (Bus Rapid Transit) – prometido por Dilma em 2013, a PPP para construção do Hospital Municipal em Cajazeiras e a requalificação da bacia do Mané Dendê, no Subúrbio Ferroviário e as obras do Canal do Trobogy, que passam por dificuldades no andamento, são alguns exemplos de projetos que o democrata levou a Brasília ontem e segue até hoje em reuniões com três ministérios em busca de recursos.Ainda na manhã de ontem, o prefeito autorizou a construção de duas creches na cidade e em Piatã falou à imprensa sobre sua primeira agenda administrativa com o governo Temer. “Temos lá três agendas, uma com o ministro Geddel Vieira Lima, onde a gente vai fazer um apanhado geral das questões de Salvador que estão pendentes em Brasília. Depois tenho uma reunião com o ministro da Educação, o secretário [municipal de Educação] Guilherme Bellintani está indo lá, será um encontro também de trabalho, aí é mais trocar experiências sobre o que vem dando certo em Salvador, o que pode ser política pública para o governo nesta área”, apontou o gestor, ressaltando que ainda terá hoje um encontro no Ministério das Cidades.Assim que Temer assumiu a Presidência na última quinta-feira (12), o prefeito soteropolitano convocou uma coletiva para falar sobre a relação que teria com a nova gestão e os benefícios que a cidade deverá ter com a parceria em nível federal. “O presidente Michel Temer conhece as pautas da nossa cidade desde que assumiu a coordenação política do governo, em 2015. Durante esse período, ele se aprofundou no conhecimento das principais demandas de Salvador junto ao governo federal”, ressaltou o democrata. Com a nova gestão federal, integrantes do alto escalão do Palácio Thomé de Souza acreditam que haverá uma relação mais fluida e de cooperação, ao contrário, dizem aliados, do governo anterior, que dificultava e até mesmo teria deixado, segundo o grupo netista, de honrar compromissos firmados antes do processo de impeachment da então presidente Dilma Rousseff. “O relacionamento a partir de agora será de portas abertas não apenas com o presidente da República, mas também com seus ministros e com os dirigentes mais importantes em Brasília”, frisou Neto.