Foto: Divulgação
25 de setembro de 2016 | 09:10

A missão de Padilha para conter o ‘Fora Temer’

brasil

Passava de 13 horas quando uma frase do ex-presidente Juscelino Kubitschek encerrou a palestra na Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq), no último dia 19, em São Paulo. “Creio na vitória final e inexorável do Brasil”, dizia o mineiro sorridente, encarnado no Power Point com um chapéu na mão. Animado com os aplausos, o palestrante arrematou: “Eu espero que tenha conseguido substituir à altura o ministro José Serra”.A modéstia exibida diante daquela plateia de empresários pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, não condiz com seu poder no governo. Convidado na última hora para falar sobre os desafios do País pós-impeachment, no lugar do chanceler Serra – escalado para acompanhar o presidente Michel Temer na viagem a Nova York –, Padilha encaixou o compromisso na apertada agenda e só retornou a Brasília às 22 horas.Era mais um dia atribulado na rotina do homem que é, hoje, um dos mais próximos conselheiros de Temer. Metódico e conhecido por fazer planilhas com resultados precisos sobre votações no Congresso, o chefe da Casa Civil foi decisivo na articulação que resultou no impeachment da presidente Dilma Rousseff e virou uma espécie de fiador político das promessas de reformas. Atribuições. Aos 70 anos, Padilha trata de temas tão diversos que sua atuação desperta ciúmes no Palácio do Planalto, chamado nos bastidores de “serpentário”, por causa das costumeiras disputas por espaço. Estão sob sua alçada assuntos que vão dos problemas de comunicação do governo à reforma da Previdência; da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) sobre limite de gastos públicos à reativação do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, além da lei das agências reguladoras e o novo estatuto dos fundos de pensão. Leia mais no Estadão.

Estadão Conteúdo
Comentários