27 de setembro de 2016 | 16:15

Após reunião nesta terça, Temer quer dar como encerrado episódio de ministro da Justiça

brasil

O presidente Michel Temer reuniu-se na manhã, desta terça-feira, 27, no Palácio do Planalto, com o ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre Moraes, para reforçar a mensagem de que é preciso tomar cuidado com as declarações públicas, principalmente em agendas de campanha. A “bronca” dada pelo presidente aconteceu por conta das declarações de Moraes, divulgadas pelo Estado no domingo, 25, de que a Operação Lava Jato teria uma nova fase nesta semana. Na segunda-feira, 26, a força-tarefa culminou com a prisão do ex-ministro Antonio Palocci. Segundo fontes do Planalto, a conversa foi rápida e a intenção do governo é tentar dar o episódio como encerrado para poder afastar a crise – causada por uma suposta antecipação da Lava Jato – do governo. O risco de demissão do ministro, pelo menos até o momento, está afastado. Temer reforçou a Moraes que declarações polêmicas atingem o governo e devem ser evitadas. A conversa não constou na agenda de nenhum dos dois e aconteceu antes da revelação, também feita pelo Estado, de que Moraes reuniu-se com o superintendente regional da Polícia Federal em São Paulo, Disney Rosseti, na sexta-feira, 23, dois dias antes da fala polêmica. O encontro com o superintendente da PF ocorreu na sede do Departamento de Polícia Federal da capital paulista e, conforme divulgado pela agenda oficial do ministro, durou uma hora. Por meio de sua assessoria, Moraes afirmou que no encontro com Disney Rosseti foram tratados pelo menos três assuntos: “tráficos de drogas e armas, inclusive trabalho conjunto com a Polícia Civil e Militar; fiscalização de empresas de valores (em virtude do aumento de roubos com explosivos e armamento pesado); e aperfeiçoamento da legislação sobre guarda de armas em estabelecemos bancários, em virtude do grande número de roubos de armamento das empresas de segurança privada”. Procurada, a assessoria de imprensa do Departamento da Polícia Federal de São Paulo ainda não se manifestou sobre o encontro. Leia mais no Estadão.

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