25 de setembro de 2016 | 10:18

Bichos de estimação ampliam espaço em campanha

brasil

Se os números são implacáveis, a velha prática de sair pegando criança no colo deveria ser abortada pelos candidatos a prefeito – ou pelo menos substituída por um carinho no focinho do Totó. Pesquisa do IBGE, realizada em 2013, mostrou que o brasileiro tem mais cães de estimação do que crianças. São 52,2 milhões de cãezinhos contra 44,9 milhões de crianças de 0 a 14 anos. Só na cidade de São Paulo, estima-se uma população canina de 4 milhões. “Eu votaria em um candidato que tivesse uma política séria contra os maus-tratos de animais e que encapasse uma campanha contra o abandono dos pets”, diz a veterinária Andressa Gontijo, de 35 anos, dona do yorkshire Juanito.Renata Buono, de 57 anos, organizadora de uma feira de doação de cães e gatos, diz conhecer ao menos três ou quatro candidatos a vereador que atuam na área de proteção animal. “Não é em detrimento de todos os outros problemas da cidade que eu procuro candidatos preocupados com o bem-estar animal. Eu procuro um candidato que, além de tudo, pensa nessa questão com seriedade”, afirma. Marco Ciampi, presidente da Associação Humanitária de Proteção e Bem-Estar Animal (Arca), diz que os candidatos à Prefeitura de São Paulo deveriam, primeiro, cumprir suas promessas que fazem todos os anos. “Muito é prometido em termos de cuidado animal e pouco sai do papel”, afirma.

Estadão Conteúdo
Comentários