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24 de setembro de 2016 | 12:20

Em imóveis, Odebrecht mira venda de ativos

brasil

Para reduzir seu endividamento e diminuir seu carregado estoque de imóveis, que hoje soma R$ 2,7 bilhões, a Odebrecht Realizações Imobiliárias, braço do grupo empresarial para o mercado de imóveis, tem a meta de acelerar as vendas de ativos no ano que vem, segundo afirmou Paulo Melo, em entrevista ao ‘Broadcast’, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. A ideia é primeiro terminar de arrumar a casa para depois poder pensar em um novo ciclo de crescimento.Um objetivo da companhia é reduzir a alavancagem (relação entre a dívida e o patrimônio líquido) a menos da metade do patamar registrado no ano passado até o fim de 2018. No fechamento de 2015, a alavancagem da OR era de 140% do patrimônio líquido do negócio, índice superior aos 135% apresentados pela Rossi Residencial, por exemplo. Com esse indicador em mente, a empresa correrá para desmobilizar ativos, como terrenos e participações em projetos. Desde o ano passado, a companhia já vendeu R$ 125 milhões em ativos. “Para 2017, esse valor pode ser um pouco mais forte”, avalia Melo. Neste fim de semana, a fim de reduzir seus estoques, a OR fará feirões em vários municípios.Na venda de ativos, a incorporadora visa a atrair desde investidores financeiros até outras empresas do ramo imobiliário dispostas a participar dos projetos. “Estamos abertos a parcerias para participar de todo o nosso portfólio”, ressalta o executivo.O foco, porém, será a venda de ativos dos empreendimentos de grande porte. Nos últimos anos, a OR lançou projetos gigantescos como o Parque da Cidade, em São Paulo. O local tem dez edificações previstas. Desse total, já foram lançadas duas torres corporativas, uma torre de salas comerciais, um shopping e um hotel, totalizando um valor geral de vendas (VGV) de R$ 2 bilhões, já comercializado. Há pela frente mais duas torres residenciais e três corporativas, mas ainda sem data de lançamento.

Estadão Conteúdo
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