Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O pecuarista José Carlos Bumlai 27 de setembro de 2016 | 15:15

Em parecer, Janot pede ao STF que Bumlai continue preso

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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou parecer ao Supremo Tribunal Federal defendendo a manutenção da prisão preventiva do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na avaliação de Janot, a prisão se justifica com intuito de evitar a continuidade das práticas criminosas. Bumlai foi preso em novembro do ano passado. Ele chegou a permanecer em regime domiciliar por cerca de cinco meses por razões de saúde mas, no início deste mês, voltou à prisão após fim de tratamento médico. A defesa do pecuarista recorreu ao STF pedindo que ele permaneça em recolhimento domiciliar, com tornozeleira eletrônica, até julgamento do mérito sobre a prisão. No parecer ao STF, Janot destaca que o próprio relator, ministro Teori Zavascki, já rejeitou pedido anterior de liberdade do executivo. O procurador-geral da República destacou ainda que a defesa de Bumlai ataca a prisão preventiva do pecuarista, mas ele já foi condenado pelo juiz Sérgio Moro a 9 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de gestão fraudulenta de instituição financeira e corrupção passiva. “É importante frisar que, no novo decreto da prisão cautelar, é induvidosa a existência de elementos posteriores e novos para a manutenção e, mais que isso, o reforço da necessidade da prisão cautelar”, sustentou Janot. Segundo o procurador-geral da República, há risco de repetição dos crimes, considerando que as práticas de corrupção imputadas a Bumlai são “sistêmicas”. “Ao condenar o ora paciente, agregando novos fundamentos, repise-se, consignou o juiz sentenciante que os fundamentos para a prisão não teriam se arrefecido, ao contrário, os riscos teriam se agravado”, escreveu o PGR. Leia mais no Estadão.

Estadão
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