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25 de setembro de 2016 | 11:19

Empresário aponta propina a pai de Hugo Motta

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O empresário José Aloysio da Costa Machado Neto, um dos donos da Soconstrói, empresa investigada na operação Desumanidade, afirmou em proposta de delação premiada que o pai do deputado Hugo Motta (PMDB-PB) recebeu 10% em propina sobre obra da Prefeitura do município de Patos. Nabor Wanderley da Nóbrega Filho, pai do peemedebista, é candidato a prefeito do cidade pelo PMDB. De acordo com o depoimento, a propina saiu de um contrato de terraplanagem de ruas de Patos.Nabor é o candidato do grupo político da família Motta à Prefeitura de Patos. Sua candidatura havia sido impugnada pela Justiça, mas ele recorreu ao Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba e o relator do caso, Ricardo Costa Freitas, votou pela liberação da chapa para disputar o pleito. A decisão final está prevista para a próxima semana.”Hugo Motta já era deputado federal nesta época. Nabor ganha as eleições e todas as obras vão ser executadas por Segundo Madruga as empresas eram emprestadas, 10% do valor das obras iriam para o grupo político comandado por Nabor – o grupo envolve Nabor, Hugo Motta, Chica Motta, Ilanna Motta e outros menores”, explicou o empresário em sua proposta de delação.O empresário também afirmou que Segundo Madruga, prefeito da cidade vizinha de Emas (PB), e cunhado de Hugo Motta, se reuniu com Nabor Wanderley para determinar que a obra de terraplanagem ficaria a cargo da empresa de fachada Suport. “Isto ocorreu em 2010, o contrato tinha o valor de 1 milhão e 96 mil. Que no caso em específico a fraude se deu pela especificidade e direcionamento do Edital”, afirmou o empresário. Ao Ministério Público Federal, o empresário declarou que os editais da Prefeitura de Patos são confeccionados com algumas exigências e restrições para beneficiar algumas empresas.José Aloysio da Costa Machado Neto disse que Segundo Madruga, cunhado de Motta, solicitou o acervo técnico da empresa para que o presidente da licitação e Secretário de Planejamento à época, identificado como Corcino, enquadrasse ao edital. “Hugo Motta havia determinado a Corcino que o Edital deveria atender a empresa. Que o primeiro edital que Corcino fez não atendia ao acervo do colaborador (José Aloysio da Costa Machado Neto) então Hugo chamou a atenção dele para que fosse elaborado um novo Edital atendendo ao acervo para que a empresa pudesse vencer. A Suport participou e venceu”, revelou o empresário.

Estadão Conteúdo
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