5 maio 2024
O desabamento do Centro de Convenções, que levou o governo do Estado a anunciar a demolição do principal equipamento turístico do Estado, desencadeou uma verdadeira guerra de acusações de responsabilidade na pasta.
Enquanto uma ala passou a atribuir a culpa pela ocorrência ao deputado federal Nelson Pelegrino, que comandou a Setur desde o início da gestão de Rui Costa (PT) até o último mês de julho, outra tem centrado fogo no seu sucessor, José Alves.
Para os que preferem jogar pedra em Nelson Pelegrino, o ex-secretário pecou por não ter feito uma diagnóstico detalhado do equipamento e apresentado uma solução factível para o problema ao governador, o primeiro a iniciar a discussão sobre a demolição.
“Já se sabia que o volume de recursos demandado para que o Centro de Convenções não chegasse a esse ponto era muito maior do que a Setur investiu. O que estava sendo feito era paliativo”, disse uma fonte da secretaria a este Política Livre, pedindo máxima reserva.
A mesma fonte culpa também a construtora Metro, responsável por obras no equipamento, pelo acidente, ao lembrar que a ocorrência aconteceu numa área de intervenção da empreiteira, que agora deve ser investigada pelo Ministério Público Estadual (MPE).
“Estavam focando apenas na funcionalidade dos auditórios, esquecendo-se do equipamento como um todo”, completou. Outro grupo acha que o novo secretário, José Alves, que está no cargo há apenas dois meses, também “vacilou”.
“Ele não poderia ter confiado no que lhe diziam. Como homem do trade (turístico), sabia que o Centro de Convenções estava em péssimas condições e não alertou o governador como deveria”, avalia um grupo de técnicos da secretaria.
Hoje, de concreto, dizem que Rui Costa acabou com um abacaxi nas mãos, por culpa dos auxiliares, já que desde o princípio anteviu a solução para o caso. “É o caso típico de gestor (Rui) que paga o preço de estar cercado por gente inadequada”, atacam.