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Deputado federal baiano Daniel Almeida é contra controlar os gastos do governo 11 de outubro de 2016 | 08:15

“É um escárnio chamar isso de ‘PEC do Emprego’, diz Daniel Almeida

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Para o presidente do PCdoB na Bahia, deputado federal Daniel Almeida, a PEC 241, que limita os gastos público,s vai aprofundar a crise em áreas como emprego, saúde e educação, ao contrário do que os aliados do governo querem fazer crer. “É um escárnio considerar isso como ‘PEC do emprego’. É menosprezar a inteligência das pessoas. Na verdade, é uma PEC da desigualdade. Todos os dados de quem estuda a PEC deixam claro que ela tem o objetivo de cortar gastos públicos, e corta nos setores essenciais para a vida das pessoas: saúde, educação, segurança, salário mínimo… Então, chega a ser uma piada de mau gosto contra a inteligência dos brasileiros”, avaliou.A fala do comunista contrapõe as declarações do presidente estadual do DEM, o deputado federal José Carlos Aleluia, que foi entrevistado ontem pela Tribuna. O democrata referiu-se à PEC 241 como “PEC do Emprego” ao afirmar que a emenda é necessária para recuperar a economia brasileira. “Acredito que sim, porque a população quer, e os deputados normalmente seguem a população. Não se trata apenas de votar para o governo, mas de votar para a PEC do emprego. Se votar contra isso, vai estar votando contra o emprego”, declarou.Segundo Daniel Almeida, entretanto, o projeto não é solução para mudar a conjuntura econômica. “Muito pelo contrário. Nos últimos anos, as experiências mais positivas para superar a crise foram distribuir renda, aumentar o mercado consumidor, valorizar o trabalho…”, defendeu. “Ou seja, quando você faz as políticas sociais, valoriza o salário e inclui mais gente no mercado de consumo, você supera as dificuldades econômicas. Mas fazer uma PEC que corta todos os gastos nessas áreas por 20 anos, você não só não recupera agora, como compromete o desenvolvimento no futuro”. Ainda de acordo com o deputado, o discurso do governo Temer é semelhante ao do ex-presidente Fernando Collor na década de 90, quando confiscou poupanças. “Há uma mobilização intensa, um discurso falso, mentiroso de que essa PEC é a única salvação, uma espécie de bala de prata. E se não fosse aprovada, não haveria saída para o país”.

Tribuna da Bahia
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