Em notas, bancada e diretório do PT “repudiam” ação da PF, mas ninguém assina documentos

Em notas distribuídas agora à tarde, a bancada estadual do PT na Assembleia Legislativa e o diretório estadual do partido repudiaram a Operação Hidra de Lerna, da Polícia Federal, que investiga desvios de recursos para campanhas na Bahia e fraudes em licitações no Ministério das Cidades, que invadiu esta manhã a sede da agremiação, na Rua Alagoinhas, no Rio Vermelho. No documento, no qual promete permanecer vigilante contra “toda e qualquer ação que busque criminalizar os partidos e organizações que lutam pela soberania do povo brasileiro”, a bancada denuncia que a operação foi executada com um mandado “genérico, inespecífico e desacompanhado da decisão que determinou a sua expedição” e diz que a ação resultou “em desperdício de dinheiro público com a toda a pirotecnia da operação que envolveu mais de 20 policiais”. Apesar de estar assinada pela assessoria da bancada, nenhum deputado estadual subscreve o documento. Já na nota divulgada pelo diretório estadual, que também não está assinada pelo presidente Everaldo Anunciação, o partido considera a ação da Polícia Federal “estranha”, lembra que os documentos procurados pelos policiais são relativos à campanha de 2014, cuja prestação de contas já foi aprovada, e já se encontram “encartados”, advertindo que “este é mais um ataque contra o partido e contra a democracia, por diversos motivos inclusive pela votação do PT e partidos aliados na Bahia contra o golpe na votação da Câmara e no Senado”.