Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
18 de outubro de 2016 | 20:31

Erika Kokay diz que Janot ‘não leu o inquérito’ antes de apresentar denúncia

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Em nota, a deputada Erika Kokay (PT-DF) afirmou que ficou surpresa com a denúncia contra ela oferecida pelo Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF) e que ele “não leu o conteúdo do inquérito”. Erika é acusada por peculato e lavagem de dinheiro por supostos desvios de recursos públicos do Sindicato dos Bancários do Distrito Federal, entidade da qual foi presidente entre 1992 e 1998. Segundo a deputada, os fatos da denúncia ocorreram cinco anos após ela ter deixado o sindicato.”Fiquei extremamente surpresa com essa denúncia. Seguramente o PGR, Rodrigo Janot, não deu o conteúdo do inquérito. Se ele tivesse lido veria que essas acusações, que remontam a fatos do ano de 2003, partiram de uma pessoa desqualificada, feitas por um servidor do meu gabinete após demissão pelo cometimento de violência doméstica.” Segundo Erika, investigações de Polícia Civil apontaram o envolvimento desse ex-servidor, responsável pela denúncia contra ela, com casos de furtos de computadores de escolas públicas.Além disso, a deputada acusa o ex-deputado distrital Pedro Passos de ter “financiado” as acusações contra ela. Em 2007, Passos foi alvo de um processo por quebra de decoro parlamentar na Câmara no Conselho de Ética, então presidida por ela. O processo levou à cassação de Passos. O inquérito contra a petista, que originou a denúncia de Janot, foi aberto em 2011 pelo Ministério Público Federal. As investigações começaram após a denúncia de Geraldo Batista Júnior, ex-assessor parlamentar de Erika, à Polícia Federal, em 2008.Geraldo disse ter sido indevidamente utilizado em sua boa-fé como “laranja”. Ele disse que teria sido obrigado a abrir uma conta que seria usada pela deputada, no início de 2003. O ex-assessor de Erika afirmou que ficou “cego” e não percebeu a “verdade”. Na denúncia de Janot, ele afirma que há “indícios de participação de diretores da entidade sindical e de outras pessoas naturais, quer transferindo os recursos públicos desviados, quer recebendo as quantias após depositadas na conta-corrente mantida por Geraldo Batista da Rocha Júnior”.

Estadão Conteúdo
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