18 de outubro de 2016 | 18:17

Juiz da Lava Jato nega domiciliar a ex-assessor de Palocci que tentou suicídio

brasil

O juiz Sérgio Moro negou o pedido da defesa do ex-assessor de Palocci, Branislav Kontic, para ser transferido para a prisão domiciliar após ele ter tentado suicídio na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, no dia 1 de outubro. O magistrado entendeu que Brani, como é conhecido, não se enquadra nas situações que permitem o regime domiciliar, pois “não se encontra ‘extremamente debilitado por motivo de doença grave'”, assinalou Moro.A decisão foi tomada ontem e tornada pública nesta terça-feira, 18, pelo juiz, que analisou os relatórios médico e psicológico juntados pela defesa de Brani e que afirmam que o investigado toma medicamento para tratar de depressão e ansiedade e que também faz terapia há 12 anos. Para os advogados de Brani, o investigado apresenta “grave quadro patológico ansioso e depressivo”.”A situação de saúde do investigado de fato demanda cuidados, porém, não há prova idônea de que ele esteja extremamente debilitado por motivo de doença grave”, segue Moro em sua decisão, ponderando que poderão ser autorizadas “saídas provisórias” de Brani para hospitais privados.Para o juiz da Lava Jato, “o Complexo Médico Penal é local adequado para a situação do custodiado, eis que lá ele dispõe de acesso a medicamentos e tratamento médico, se necessário”. A decisão vai de encontro ao posicionamento da força-tarefa da Lava Jato que também defendeu a manutenção da prisão de Brani.Além da situação de saúde, Moro ressaltou ainda que o investigado teve um Habeas Corpus negado pelo desembargador Márcio Antônio Rocha, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região e que, por isso, os “pressupostos e fundamentos da prisão preventiva permanecem hígidos”, aponta o magistrado.

Estadão Conteúdo
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