11 de outubro de 2016 | 07:43

Memes na rede se firmam como arma eleitoral

brasil

Em uma campanha curta e com poucos recursos, falou melhor com o eleitor quem soube ser sucinto e afiado. Nada traduz melhor a “ligeireza” dessas eleições do que o “meme” (imagem ou frase bem-humorada que se espalha na internet). Foram eles que ajudaram a construir e desconstruir candidaturas e consolidar percepções sobre esse ou aquele candidato – tanto faz se na resolvida disputa de São Paulo ou no polarizado segundo turno do Rio.Em São Paulo, um meme de John Travolta (em Pulp Fiction) procurando a candidata Luiza Erundina (PSOL) foi parar até no Horário Eleitoral Gratuito – assim como Flávio Bolsonaro (PSC) passando mal durante o debate na Band inspirou muitas criações no Rio. “Trata-se, sem dúvida de uma ferramenta de disseminação de ideias. Eles são recados pontuais – já que a vida útil de um meme é curtíssima. A maioria ‘vive’ por poucas horas; os muito bons vão ser compartilhados por dois dias; e os fantásticos vão entrar naquelas listas de ‘Os 10 memes que você precisa conhecer…'”, comenta o professor de inovação e tecnologia da ESPM-Rio Fabro Steibel. No segundo turno da disputa para a prefeitura do Rio, com dois candidatos que representam visões de mundo opostas, os memes tendem a reforçar os estereótipos de cada um. Por exemplo, contra Marcelo Freixo (PSOL) sobram montagens abordando a legalização da maconha. Já outros memes ligam Marcelo Crivella (PRB) à prática do dízimo em igrejas evangélicas.

Estadão Conteúdo
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