29 de novembro de 2016 | 12:36

“Nós vivíamos um sonho”, diz prefeito de Chapecó

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O prefeito de Chapecó, Luciano Bluigon, disse hoje (29) que o time da Chapecoense estava em seu melhor momento e que a cidade “vivia um sonho”. “A Chapecoense passava por um grande momento. Nós vivíamos um sonho, eu nunca cansei de dizer isso. Uma cidade do interior, três vezes na série A do Campeonato Brasileiro, disputadíssimo”, disse Bluigon. Ele afirmou que acredita ter uma missão a cumprir, após o acidente com o avião da equipe da Chapecoense que caiu na madrugada de hoje (29) próximo a Medellín, na Colômbia. “Estou agradecendo a Deus. O que me fez chorar foi a minha filha, que me ligou agora, disse que está feliz. Eu acredito que fiquei para cumprir a missão de resgatar a nossa autoestima”, disse. O prefeito embarcaria junto com a equipe, mas decidiu ficar na capital paulista para uma reunião na manhã de hoje que trataria de parcerias público-privadas para Chapecó e pediu para que o presidente do Conselho Deliberativo da Chapecoense, Plínio David de Nes Filho, também ficasse. O acidente com o avião que levava a equipe do Chapecoense e 21 jornalistas matou 75 pessoas. Segundo o prefeito, os dois embarcariam num voo comercial às 15h50 de hoje e chegariam à 1h (horário de Brasília) em Medellín para assistir a primeira final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional, marcada inicialmente para amanhã (30). Depois do acidente, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) adiou a partida. Uma nova data só deverá ser definida a partir do dia 21 de dezembro. O governo federal liberou duas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para levar autoridades, além de médicos e a equipe do jurídico da Chapecoense para auxiliar os sobreviventes e fazer o translado dos corpos. A cidade de Chapecó decretou 30 dias de luto e a suspensão das aulas. As festividades de Natal estão canceladas. A equipe médica do time embarcou às 9h40 em Chapecó com destino a Guarulhos. Eles partem para Medellín, às 16h. “Estamos preocupados com a dor das famílias, todas aquelas pessoas que estavam naquele avião são conhecidos íntimos nossos. Uma cidade de 210 mil habitantes não é tão grande assim, a gente conhece todos eles. É muito dolorido”, disse o prefeito.

Fernanda Cruz, Agência Brasil
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