06 de janeiro de 2017 | 16:00

Governo de RR diz que mortos não tinham ligação com facções criminosas

brasil

Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, 6, em Roraima, o secretário de Justiça e Cidadania, Uziel Castro, afirmou que os presos mortos durante a chacina promovida pelos integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) não tinham ligação com o crime organizado. Segundo Castro, as mortes não foram decorrência de um confronto entre facções, mas “uma ação isolada de membros do PCC contra pessoas que não eram ligadas a nenhuma facção”. Ele contou que a chacina foi previamente planejada, mas disse que os órgãos de inteligência não haviam detectado indícios que ela ocorreria. “Foram três frentes de homicídios contra vítimas sem ligações com facções. Presos do regime fechado mataram presos do mesmo regime, assim como os preventivados e os que estavam na ala de segurança se mataram entre eles”. Nenhum órgão de inteligência detectou a matança, segundo o secretário, e o que teria ocorrido foi uma ação isolada. “Foi uma barbaridade contra presos comuns, e não entendemos o motivo. Não tem justificativa nem fundamentos, e a princípio, seriam 33 mortes de pessoas que não pertencem a organização criminosa”. Ele informou que os presos integrantes de facção foram separados no dia 3 de novembro e que os que se declararam do Comando Vermelho estão na cadeia pública, onde não houve rebelião. “Separamos os presos por facções, além de estarmos preparados para evitar fugas. Fazemos revistas constantes, foram feitas varreduras onde encontramos armas e até pólvora e tudo foi apreendido. As armas usadas na chacina são artesanais que eles utilizam feitas lá dentro mesmo com sobra de material de construção da reforma do presídio”. A secretaria ainda não informou quem são os mortos e deu o prazo até este sábado, 7, para divulgar os nomes dos principais envolvidos.

Estadão Conteúdo
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