26 de janeiro de 2017 | 13:42

PF: patrimônio de organização chefiada por Cabral é um oceano não mapeado

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Apesar da decretação da prisão preventiva do empresário Eike Batista, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) ainda investigam que tipo de benefício o empresário teria recebido em contrapartida ao pagamento de US$ 16,5 milhões ao ex-governador Sérgio Cabral. Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira, 26, os procuradores do MPF e delegados da PF evitaram afirmar se a propina se referia a algum grande projeto, como o Porto do Açu, que ocupa uma área maior que Manhattan em São João da Barra, no norte fluminense. Todos os contratos de Eike com o governo na gestão de Cabral serão investigados. Eike fez uma doação de R$ 20 milhões em 2010 para as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), com o compromisso de repetir o investimento até 2014. Mas interrompeu os repasses em 2013. “Estamos investigando, mas as alternativas não são tantas. Prefiro não comentar (sobre o Açu)”, disse o superintendente regional em exercício da PF no Rio, Marcos Uruguai. De acordo com a PF e o MPF, a investigação para caracterização de crime de corrupção no Brasil não necessariamente precisa identificar o ato que teria sido corrompido. Segundo Uruguai, até o momento nada foi encontrado envolvendo o governador Luiz Fernando Pezão. Os representantes da força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio, da qual a Calicute é um desdobramento, afirmaram ainda que os US$ 100 milhões detectados no exterior nessa fase da operação são valores distintos daqueles levantados como pagamentos feitos pela empreiteira Andrade Gutierrez nas fases anteriores da Calicute.

Estadão Conteúdo
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