29 de janeiro de 2017 | 11:45

Plano nacional de ‘internet das coisas’ terá versão preliminar em fevereiro

brasil

Daqui cerca de um mês, representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), sob a gestão de Gilberto Kassab, vão embarcar para Barcelona, na Espanha, para revelar o Plano Nacional de “Internet das Coisas” durante o Mobile World Congress (MWC), principal evento de tecnologias móveis do mundo. O documento, que pretende mostrar o País na vanguarda da revolução que vai conectar todos os objetos à nossa volta, porém, estará incompleto: em vez de definir objetivos, traçar metas claras e um plano de ação, ele deve trazer apenas linhas gerais sobre as intenções do Brasil. A apresentação do plano é considerada prematura por fontes consultadas pelo Estado. “Eles deveriam consultar mais o setor antes de lançar o plano”, disse uma fonte. “Para essa primeira versão, eles devem estar se baseando em estudos internacionais.” As críticas rondam o governo porque o plano será anunciado pouco mais de dois meses após o Ministério assinar um acordo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em conjunto, eles contrataram um consórcio – formado pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), pela consultoria McKinsey Brasil e pelo escritório Pereira Neto/Macedo Advogados – para fazer uma ampla pesquisa sobre o tema. O estudo, que vai custar R$ 17,5 milhões, deveria ser a base para o plano nacional. Atualmente, o consórcio mapeia as soluções de internet das coisas mais avançadas no mundo e define as aspirações brasileiras. “Vamos usar a consulta pública do Ministério sobre o tema, que termina no início de fevereiro, para compor essa primeira fase”, conta Vinícius Garcia de Oliveira, responsável pelo estudo no CPqD. A segunda fase do estudo vai delinear o mercado potencial para internet das coisas no País, além de identificar quais setores produtivos podem se beneficiar das tecnologias. Embora relatórios sejam entregues ao governo nesse ínterim, a previsão é de que só na terceira fase sejam definidas as áreas prioritárias e tecnologias que serão alvo de pesquisa e desenvolvimento. A partir daí é que políticas públicas serão definidas.

Agência Brasil
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