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O marqueteiro João Santana 29 de janeiro de 2017 | 07:31

Santana cita Dilma em tentativa de delação, afirmam reportagens

brasil

Em suas negociações para fechar um acordo de delação premiada, o marqueteiro João Santana teria dito que recebeu recados da então presidente Dilma Rousseff de que seria preso pela Operação Lava Jato. A informação consta de reportagens publicadas pela revista Veja e pelo jornal Folha de S.Paulo neste fim de semana. Nenhuma das reportagens afirma, porém, que o aviso teria partido da própria Dilma. Segundo a Folha, Santana teria atribuído o recado a um aliado da então presidente. Já a Veja afirma que o marqueteiro disse a interlocutores não saber se o alerta foi redigido por Dilma ou um assessor dela. Ele teria confirmado, porém, que a fonte do alerta seria o Palácio do Planalto. Procurada, a assessoria de imprensa da ex-presidente informou que ela não pretende comentar as reportagens. O ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo considerou a notícia “absurda”. “É absolutamente inverossímil que a presidenta tenha dado qualquer aviso desses até porque nem ela e nem eu tínhamos essas informações privilegiadas sobre operações da Polícia Federal”, afirmou. Santana e sua mulher, Mônica Moura, foram responsáveis pelas campanhas presidenciais de Lula, em 2006 e de Dilma, em 2010 e 2014. Eles são investigados por suposto recebimento de dinheiro da empreiteira Odebrecht na Suíça. O casal foi preso em fevereiro de 2016 na Operação Acarajé, 23.ª fase da Lava Jato. Na época, estavam na República Dominicana, trabalhando na campanha presidencial daquele país. Eles voltaram ao Brasil e se entregaram à Polícia Federal. Leia mais no Estadão.

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