Foto: Política Livre
João Carlos Coelho Filho e Afrânio Kritski 06 de março de 2017 | 13:37

IBIT: especialistas detalham desafios contra tuberculose

bahia

Uma das principais entidades filantrópicas da Bahia, a Fundação José Silveira completou 80 anos e realizou, nesta segunda-feira, 06, evento solene na Faculdade de Medicina da Bahia, no Terreiro de Jesus, em comemoração a data. Na ocasião, a Fundação apresentou dados atuais sobre a incidência da tuberculose e as metas de combate à essa doença infecciosa que mais causa mortes no mundo, superando inclusive a aids, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Em coletiva de imprensa, o coordenador científico do Instituto Brasileiro para Investigação de Tuberculose [IBIT], João Carlos Coelho Filho, e o presidente da Rede Brasileira de Pesquisas em Tuberculose, Afrânio Kritski, detalharam os números e os desafios enfrentados contra a doença. De acordo com Kritski, em 2015 foram registrados, no Brasil, 70 mil novos casos. Para ele, o processo de eliminação só vai acontecer com uma nova vacina, já que o BCG só ‘funciona bem para prevenir tuberculose na infância, mas não evita novos casos na adolescência e em adultos”. “Na década de 1970 achava-se que a BCG e novos medicamentos iriam eliminar a tuberculose. O ser humano errou, o bacilo venceu”, explicou. O tempo de tratamento é uma das questões que dificulta a eliminação da tuberculose, já que a taxa de abandono é maior do que a recomendada. No Brasil, a média de abandono do tratamento varia de 12% a 14%, quando o índice ideal é de 5%. Em Salvador, o IBIT é responsável pelo diagnóstico de cerca de 10% dos casos de tuberculose. João Carlos Coelho Filho atribuiu o funcionamento da instituição aos médicos pneumologistas com experiência na área, assistentes sociais e paramédicos que justificam o índice de cura. “Temos que destacar a parte de apoio social que sempre foi uma das preocupações do professor José Silveira. Os dados comprovam a capacidade do IBIT em estar voltado para sociedade”, exclamou Coelho.

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