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Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) 21 de março de 2017 | 12:22

Sistema eleitoral com lista fechada é mais transparente, defende Maia

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O presidente da câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, voltaram a defender a necessidade de reforma no sistema político-eleitoral brasileiro. Os presidentes participaram, na manhã de hoje (21), de um seminário internacional realizado na comissão especial da Reforma Política, que debateu três modelos eleitorais existentes em outros países. A programação é uma iniciativa da Câmara e do TSE em busca de um modelo alternativo ao atual para vigorar já nas eleições do ano que vem. Participaram do seminário especialistas e parlamentares da Alemanha, França, Bélgica, Portugal, Espanha e México, que explicaram como funcionam os modelos vigentes em seus países, que incluem voto por lista fechada, voto distrital misto e voto distrital puro. Entre os modelos em debate, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, voltou a defender a chamada lista fechada, pela qual os partidos definem previamente os nomes que estarão na disputa e o eleitor vota no partido. Segundo Maia, este modelo é mais transparente que o atual, tanto na forma de definição dos candidatos, quanto na forma de financiamento. “Então, quando eu tratei da lista pré-ordenada, desde o ano passado, foi olhando o financiamento. O financiamento é público, é mais fácil controlar, não há recurso público na mão de nenhum candidato, é um controle só, então facilita o controle e aumenta a transparência”, explicou Maia. Questionado se este tipo de lista não serviria para proteger o mandato de parlamentares envolvidos em casos de corrupção, Maia disse que este argumento é um equívoco e que este modelo, na verdade, trará mais transparência e maior possibilidade de controle da sociedade. “Se você fizer uma lista onde você queira proteger alguém que tenha algum problema, o seu adversário vai dizer: ‘aqui ó, se votar no Roberto Carlos, que vai levar muito voto, você vai levar esse segundo aqui, que é uma pessoa que não pode ser eleita!’ [Com este modelo] você vai ter transparência”, defendeu. Leia mais na Agência Brasil.

Débora Brito, Agência Brasil
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