Foto: Givaldo Barbosa
Sérgio Cabral 11 de abril de 2017 | 11:25

Esquema na Saúde do Rio desviou R$ 300 milhões, diz Fatura Exposta

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O procurador Rodrigo Timóteo, da força-tarefa da Operação Lava Jato, no Rio, afirmou nesta terça-feira, 11, que o esquema na Secretaria de Saúde do Governo Sérgio Cabral (PMDB) e ao Instituto de Traumato-Ortopedia desviou R$ 300 milhões. As fraudes saíram de importações e licitações internacionais e superfaturamento em contratos com órgãos públicos. “Nós acreditamos que aproximadamente R$ 300 milhões em relação ao que já foi levantado. Mas pode ser inclusive maior em virtude de outras contratações que não foram ainda apuradas e procedimentos administrativos”, declarou. “O universo é bem grande. Nós fizemos o levantamento das importações focadas nessa área de equipamentos médico-hospitalares. Na verdade, o foco da venda desse cartel era em relação a equipamentos médico-hospitalares. Nós entendemos que pode ter tido influência em todo o sistema de saúde do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Ainda vai ser aprofundado em relação ao impacto disso. Nós temos certeza da corrupção, do cartel, da organização criminosa, do embaraço. Agora, de todo o dano, a gente tem que mensurar e vamos mensurar isso através de análise documental, análise de todas as importações, de todos os procedimentos administrativos e vamos precisar de colaboração de todas as instituições para um trabalho mais aprofundado do tamanho do rombo que isso pode ter causado à secretaria de Saúde e ao também ao Into nessa visão de perda monetária para o exterior.” A Fatura Exposta é um desdobramento das Operações Calicute e Eficiência, que vem desbaratando o esquema atribuído ao ex-governador Sérgio Cabral, responsável por instituir o percentual de propina de 5% de todos os contratos celebrados com o Estado do Rio de Janeiro, e que desviou mais de US$ 100 milhões dos cofres públicos mediante engenhoso de envio de recursos oriundos de propina para o exterior. A partir de depoimentos de colaboradores, além de outras provas produzidas de forma independente, foi possível descobrir que Cabral recebeu propina não só de grandes obras de construção civil, mas também de outros setores do Governo do Rio de Janeiro, como o da Secretaria de Saúde.

Estadão
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