Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
Fachin 13 de abril de 2017 | 07:15

Investigação chega a 20 Estados e o DF

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O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o envio de pedidos de investigação sobre políticos, servidores públicos e outros citados nas delações da Odebrecht a 20 Estados e o Distrito Federal. Os casos referem-se aos envolvidos sem foro privilegiado, cujos inquéritos vão tramitar em varas da Justiça Federal e nos tribunais estaduais. O levantamento foi feito pelo Estado nas 215 decisões de declínio de competência assinadas por Fachin. O maior número de pedidos de investigação em instâncias inferiores (48) foi remetido à Justiça Federal no Paraná, base da Lava Jato. Boa parte ficará sob responsabilidade do juiz Sérgio Moro, da 13.ª Vara. A maioria trata de desvio de recursos da Petrobrás. Ao menos cinco petições citam suposto envolvimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no esquema de corrupção para favorecer a Odebrecht. Ele nega. Ao menos 29 petições foram para a Justiça Federal e para o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), segundo Estado com o maior número de casos. Para o Rio foram enviados 22 pedidos, que miram políticos que se revezaram no comando do Estado nos últimos anos. O ex-prefeito do Rio Eduardo Paes (PMDB) também é citado em dois pedidos de investigação por suposto recebimento de doações eleitorais não contabilizadas da Odebrecht. Ele nega. O relator da Lava Jato no Supremo determinou também a remessa de 15 petições à Justiça Federal no Distrito Federal. Outros 14 casos foram enviados à Bahia. Um deles trata de pagamentos não contabilizados ao ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB), em 2006 e 2014, em troca do apoio na aprovação de uma medida provisória e a vantagens em contratos de transporte em Salvador. Também foram enviados pedidos de investigação para Goiás (6), Pernambuco (6), Rio Grande do Sul (5), Santa Catarina (3), Rio Grande do Norte (3), Maranhão (2), Piauí (2), Ceará (3), Espírito Santo, Amazonas, Pará, Paraíba, Tocantins, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (1 cada).

Estadão
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