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Fachin 13 de abril de 2017 | 07:45

Só 2,7% de valor repassado foi para caixa 2

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Os recursos de caixa 2 em campanhas eleitorais representam apenas 2,76% do total de dinheiro pago, segundo os delatores da Odebrecht, nos crimes investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No total, a Procuradoria-Geral da República classificou R$ 12,4 milhões recursos não declarados pelos políticos à Justiça Eleitoral. O ministro Edson Fachin determinou a abertura de 76 inquéritos para investigar os crimes de caixa 2, de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e fraude em licitação envolvendo quase uma centenas de investigados. Desses, 26 casos (34%) envolvem caixa 2, segundo a Procuradoria. Outros dez envolvem supostas propinas disfarçadas de doações eleitorais – ao todo, R$ 43,8 milhões teriam sido pagos dessa forma. O partido que mais recebeu recursos supostamente ilegais da Odebrecht foi o PT, com R$ 204,9 milhões. Aqui entraram o dinheiro que os delatores da Odebrecht disseram que entregaram às campanhas eleitorais de Dilma Rousseff, para parlamentares do partido em troca da aprovação de medidas provisórias de interesse do grupo e as doações feitas por meio de caixa 2 para deputados. O PMDB ocupa o segundo lugar desse ranking, com R$ 111,7 milhões. O dinheiro do PMDB está concentrado, de acordo com os delatores, em propinas pagas para a garantia de contratos e obras para a aprovação de medidas no Congresso que eram do interesse da Odebrecht. Quem aparece logo depois dos peemedebistas são os tucanos. O PSDB supostamente recebeu recursos que chegaram a R$ 52,2 milhões. A maior parte deles – contaram os delatores – está relacionada a obras viárias do governo de São Paulo, comandado pela sigla desde 1995.

Estadão
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