30 de maio de 2017 | 19:05

Fachin envia investigação contra procurador Angelo Vilela para TRF-3

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Além de separar a investigação contra Michel Temer (PMDB) e o ex-assessor Rocha Loures (PMDB-PR) da contra o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, reconheceu que não cabe mais ao STF conduzir o inquérito contra o procurador Ângelo Goulart Vilella – que atuava na Procuradoria-Geral Eleitoral -, o advogado Willer Tomaz, presos na Operação Patmos, e o empresário e delator Joesley Batista. Fachin decidiu encaminhar o processo para o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), considerando que este é o foro previsto pela Constituição para a investigação de procuradores. O procurador Vilella é suspeito de negociar propina para vazar para o Grupo JBS informação sobre investigação da qual os empresários Joesley Batista e Wesley Batista são alvo, no âmbito da Operação Greenfield. Conforme a delação de Joesley Batista, acionista do grupo, e outros elementos de prova colhidos pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o esquema teria envolvido a negociação de pagamentos de R$ 50 mil mensais ao procurador. O advogado Willer Tomaz teria participado do esquema, segundo delatores do grupo JBS. Fachin disse que só no TRF-3 devem ser analisados os pedidos feitos pelas partes, como pela defesa do advogado Willer Tomaz, que requereu a revogação da prisão preventiva determinada por Fachin. “Determino o envio com urgência do Inquérito 4.489 e respectivos apensos (Ação Cautelar 4.319, Ação Cautelar 4.320, Ação Cautelar 4.330 e Ação Cautelar 4.331) ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região para adoção das providências cabíveis”, disse Fachin. Inicialmente, Fachin tinha atendido ao pedido da Procuradoria-Geral da República para abrir investigação contra Vilella, Tomaz e Joesley no STF por entender que havia relação com o inquérito contra o presidente Michel Temer, o senador afastado Aécio Neves e o ex-assessor de Temer Rodrigo Rocha Loures. Na decisão desta terça-feira, Fachin entendeu por separar as investigações.

Estadão Conteúdo
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