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Rodrigo Janot 10 de maio de 2017 | 06:35

Janot pede primeiras redistribuições de inquéritos da Odebrecht

brasil

A Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) os primeiros pedidos de redistribuição de inquéritos abertos com base nas delações da Odebrecht. A PGR reconheceu que duas investigações não têm relação com a Operação Lava Jato, iniciada para apurar irregularidades e desvios relacionados à Petrobrás. Assim, pediu ao relator Edson Fachin a livre distribuição, por sorteio, entre os ministros do Supremo. Um desses inquéritos é contra o ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (PMDB) e o deputado federal Pedro Paulo (PMDB), ex-secretário de Paes no município. O outro é contra candidatos a prefeito do Cabo de Santo Agostinho nas eleições de 2012, o deputado federal Betinho Gomes e Vado da Farmácia, que acabou vencendo aquela eleição. Os dois casos envolvem pagamento de caixa 2 em troca de favorecimento ao Grupo Odebrecht, segundo a PGR, que apontou a necessidade de investigar os supostos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. São esperadas novas manifestações do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pedindo a redistribuição de vários outros processos. O número de inquéritos que vão ser desmembrados do tronco da Lava Jato ainda não é confirmado, mas deve ser entre um terço e a metade dos 76 autorizados por Fachin. A análise está sendo feita caso a caso. No momento em que enviou os pedidos de abertura de inquérito, a Procuradoria não apontou para a necessidade de redistribuir alguns casos. Deixou para fazê-lo a partir da chegada das primeiras decisões do ministro Fachin. O relator da Lava Jato poderá aceitar ou recusar os pedidos de redistribuição.

Estadão
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