Foto: Dida Sampaio/AE
29 de maio de 2017 | 20:47

Lava Jato une candidatos à sucessão de Janot

brasil

Os oito candidatos à sucessão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, são taxativos. Caso eleitos, manterão preservada integralmente a Operação Lava Jato. Mudanças serão feitas apenas para reforçar as equipes que deflagraram a maior ação contra a corrupção já feita no País. O compromisso foi feito durante o primeiro debate promovido pela Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR) para formação da lista tríplice para o cargo de procurador-geral da República nesta segunda-feira, 29.No final de junho, mais de 1.200 membros do Ministério Publico Federal votarão em três dos 8 candidatos. Concorrem à chefia do Ministério Público Federal os subprocuradores-gerais Carlos Frederico Santos, Eitel Santiago de Brito Pereira, Ela Wiecko Volkmer de Castilho, Franklin Rodrigues da Costa, Mario Luiz Bonsaglia, Nicolao Dino, Raquel Elias Ferreira Dodge e Sandra Verônica Cureau.Sete candidatos participaram em São Paulo do primeiro debate, que durou mais de três horas. Além da Lava Jato, os procuradores trataram de questões relativas ao Ministério Público Federal, como orçamento e previdência, e também sobre a relação institucional que um procurador-geral da República deve ter com os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. O encontro foi o primeiro antes da disputa pela lista tríplice que será enviada ao presidente Michel Temer (PMDB). Por problemas pessoais, Ela Wiecko não participou do encontro, mas enviou um vídeo a seus pares com um pronunciamento.Mario Bonsaglia, segundo colocado na última lista tríplice – Rodrigo Janot ficou em primeiro -, em 2015, apontou “enormes desafios” e afirmou que, caso seja eleito, “antes de mais nada” vai garantir a continuidade da Lava Jato. “Manterei todo o apoio à força-tarefa de Curitiba e às outras forças-tarefas relacionadas e também manterei e reforçarei o grupo que atua na PGR em apoio ao procurador-geral nos casos de foro privilegiado” declarou.Terceira colocada em 2015, Raquel Dodge citou um “momento ímpar na vida nacional” e prometeu “firmeza para prosseguir contra a corrupção e aplicação da lei a todos”. “Tenho um compromisso em apoiar o enfrentamento da corrupção e a Lava Jato. Vou convidar os atuais membros a permanecerem no trabalho que estão fazendo e se necessário, vamos ampliar o número de colegas e estruturar o apoio mais fortemente.”

Estadão Conteúdo
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