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05 de junho de 2017 | 09:32

‘Temer não renuncia e termina o mandato’, diz Marun

brasil

“Anatomia de uma conspiração”. É esse o título do manuscrito em que o deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS) está registrando suas impressões da crise que abalou o governo desde a divulgação da gravação da conversa entre o presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista, da JBS.No dia 24 de maio, uma semana depois do petardo, Marun leu para o Estado um trecho do texto: “A imprensa se divide. Alguns órgãos destacam a ausência de comprometimento concreto do presidente no áudio. Já a Globo intensifica o ataque, e pede a saída do presidente. Voltei para o Planalto. Lá, encontrei o presidente abalado com o editorial. Confesso que o vi com o ânimo diminuído. Cheguei a falar alto para motivá-lo. Mas uma notícia ao mesmo tempo chocante e alvissareira começava a ser divulgada: (os jornais) Folha e Estado divulgaram que o áudio tinha edições”. Marun deixou o chamado baixo clero da Câmara dos Deputados quando colocou o corpanzil e os argumentos na defesa incansável do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Casa, hoje preso e condenado na Lava Jato.O parlamentar gaúcho-matogrossense foi dos primeiros a destacar-se na defesa de Temer desde a divulgação da gravação e a abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), sob as acusações de corrupção, organização criminosa e obstrução da Justiça, que o presidente nega. Ele era um dos políticos que estavam no gabinete presidencial no dia em que Temer ouviu o áudio gravado por Joesley, dia 17, e captou, no calor da hora, suas primeiras contrariedades. Não só as absorveu, como as reforçou.Ao Estado, em seu gabinete, Marun revisitou trechos da conversa com o empresário, colocando-se no lugar de Temer. “Estou convicto de que ele vai até o final do mandato”. Leia a entrevista completa no Estadão.

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