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A líder do PSB na Câmara, deputada Tereza Cristina (MS) 20 de julho de 2017 | 07:20

Ala feminina do PSB pede saída da líder do partido na Câmara

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A admissão pública da líder do PSB na Câmara, deputada Tereza Cristina (MS), de que há uma negociação aberta de migração para o DEM ou para o PMDB causou a fúria do segmento feminino do partido. Em nota divulgada nesta noite, a Secretaria Nacional de Mulheres do PSB pede que Tereza se antecipe ao processo de expulsão e deixe a sigla. “Exigimos que a pessoa em questão não espere o processo de expulsão por meio da representação no Conselho de Ética e que tenha a dignidade de deixar o PSB, antecipando-se assim a mais essa situação de desmoralização pública”, diz a nota assinada por Dora Pires, secretária nacional. O documento foi aprovado, de forma unânime, pelas 11 mulheres que compõem a Executiva da Secretaria e foi distribuída à direção do partido, além das bancadas na Câmara e no Senado. A líder do partido na Câmara faz parte da ala governista do PSB e segue votando de acordo com a orientação do Palácio do Planalto, desobedecendo a determinação partidária. A sigla deixou o governo em maio, após a divulgação da delação do empresário Joesley Batista, da JBS. Desconfortáveis no PSB, o grupo governista vem flertando com PMDB e DEM, o que causou ontem um atrito entre o presidente Michel Temer e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Embora sejam aliados, Temer e Maia disputam 16 dos 36 deputados do PSB. Na nota da ala feminina do PSB, Dora Pires diz que as manifestações públicas de Tereza Cristina sobre as negociações para migração de legenda representam a “desmoralização das mulheres socialistas e de esquerda” e pede sua saída imediata “das fileiras socialistas”. Leia mais no Estadão.

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