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A ex-ministra Marina Silva 26 de julho de 2017 | 14:00

Com apoio de Marina, candidatura avulsa é tema de ato da Rede

brasil

No momento em que os partidos vivem sua pior crise de representatividade, a possibilidade de candidaturas avulsas volta ao debate político. Dos eventuais presidenciáveis cotados para a disputa de 2018, dois já declaram no passado apoio à ideia: a ex-ministra Marina Silva e o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa. O presidente Itamar Franco (1930-2011) também foi entusiasta da representação sem partido. Longe de ser consenso e fora da reforma política, o tema ganhou defesa com a proposta de emenda à Constituição apresentada no último dia 13 pelo deputado João Derly (Rede-RS), ex-judoca. O partido de Marina organiza um ato em apoio ao projeto, com a presença da ex-ministra, diz o parlamentar. A data não está definida, mas deve ser após o recesso parlamentar. “Não definimos data, mas queremos que o ato seja no início de agosto, no Congresso. Além dos parlamentares da Rede, outros partidos também são simpáticos à ideia. Movimentos independentes que são os mais interessantes, também querem participar, mas ainda não temos a confirmação de quais”, explicou Derly. Derly destaca que a diferença do seu projeto em relação a outros semelhantes, já apresentados no Congresso, é a necessidade de o candidato independente apresentar certo apoio da sociedade – 0 5% dos eleitores da área em que concorre, em eleições para o Executivo, e 0,2% em cargos do Legislativo. Segundo o texto, isso deve ser apresentado até seis meses antes do pleito. Para o deputado, a PEC poderia “oxigenar” os partidos já existente, em descrença pela população. “A quebra do monopólio partidário faria com que os próprios partidos sejam fortalecidos. Eles teriam que apresentar projetos para que os filiados se encaixem ideologicamente”, explica o autor da PEC. “Algumas pessoas, hoje, se vinculam a um partido simplesmente por obrigação, sem vínculo com a legenda.”

Estadão Conteúdo
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