Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Ex-presidente da construtora OAS Léo Pinheiro 18 de julho de 2017 | 16:00

Léo Pinheiro também vai apelar da pena no caso triplex

brasil

A defesa do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro informou nesta terça-feira, 18, ao juiz Sérgio Moro, que vai recorrer da decisão que o condenou a 10 anos e 8 meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, na ação penal do caso triplex, no Guarujá. Na sentença, a mesma que impôs ao ex-presidente Lula uma pena de nove anos e seis meses de prisão, Moro havia levado em consideração o que chamou de ‘colaboração tardia’ do empreiteiro e determinou a progressão de sua pena a partir do cumprimento de dois anos e seis meses de regime fechado. O empresário – e Lula também – foi absolvido da acusação de ter bancado, por meio da OAS, o armazenamento dos bens do ex-presidente, junto à empresa Granero. Na ação, todos os sentenciados deverão devolver solidariamente R$ 16 milhões que correspondem a uma suposta conta corrente de propinas da construtora, junto ao PT. O valor inclui os R$ 2,25 milhões supostamente referentes ao triplex e às reformas, que teriam sido em benefício do ex-presidente Lula. “José Adelmário Pinheiro Filho, por seus advogados, nos autos da ação penal nº 5046512-94.2016.4.04.7000, vem à presença de Vossa Excelência, interpor recurso de apelação, protestando pela apresentação das razões em segunda instância, nos termos do art. 600, § 4º, do Código de Processo Penal”, diz o documento protocolado a Moro. Léo Pinheiro foi sentenciado por um crime de corrupção passiva em razão do ‘pagamento de vantagem indevida a agentes do Partido dos Trabalhadores, entre eles o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em decorrência do contrato do Consórcio CONEST/RNEST com a Petrobrás’ e por um crime de lavagem de dinheiro por supostamente ocultar e dissimular ‘a titularidade do apartamento 164-A, triplex, e do beneficiário das reformas realizadas’. Ao condenar o empresário, Moro levou em consideração a colaboração do empresário, mas ponderou sobre a demora dele para confessar seus crimes. “Observo que, considerando os processos no âmbito da assim denominada Operação Lavajato, a colaboração de José Adelmário Pinheiro Filho foi tardia, quando o esquema criminoso já havia sido revelado por outros”, anota o magistrado.

Estadão
Comentários