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O lobista Jorge Luz 20 de julho de 2017 | 06:54

‘Se há cobrador, há alguém disposto a pagar’, diz lobista a Moro

brasil

O lobista Jorge Luz, afirmou, em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, nesta quarta-feira, 19, que, dentro dos esquemas de corrupção na Petrobrás ‘não existe nenhum santo’, e rechaçou as afirmações de réus confessos e delatores, que disseram à Justiça que os desvios na estatal são ‘a regra do jogo’. Na mesma ocasião, ele admitiu ter participado da negociação e dos repasses de R$ 11,5 milhões desviados da petrolífera para o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) e o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE). Questionado a respeito dos motivos que levaram as empresas a pagar propinas a agentes políticos e públicos, ele disse que não daria a mesma resposta de outros acusados que assumiram seus crimes. “Eu tenho visto que o senhor fica muito zangado quando as pessoas vem aqui e dizem: ‘é a regra do jogo’. Não tem santo nessa história. Se há um cobrador, alguém está disposto a pagar”, afirmou. O lobista é réu acusado de intermediar propinas de R$ 2,5 milhões de executivos da empreiteira Schahin para funcionários da Petrobrás no âmbito de contratos da estatal. Ele e seu filho, Bruno, também são investigados neste processo por intermediar valores indevidos a políticos do PMDB.

Estadão
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