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O deputado Newton Cardoso Jr. (PMDB-MG) 26 de julho de 2017 | 15:30

Verba para carnaval gera revolta e deputado diz que pode mudar voto

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A liberação de R$ 13 milhões para o desfile das escolas de samba do carnaval do Rio pode abrir uma nova crise entre o governo e a bancada do PMDB na Câmara. Inconformado com a ajuda do governo federal em meio à crise econômica atual, o deputado Newton Cardoso Jr. (PMDB-MG) reclama que há outras prioridades no País e alerta que a concessão às agremiações cariocas gera um desgaste com o eleitorado, o que pode levar deputados a votar a favor da denúncia contra o presidente Michel Temer, na próxima semana. Ele mesmo revelou que tendia a votar contra a denúncia, mas agora poderá rever seu posicionamento. Diante da decisão da Prefeitura do Rio em reduzir em 50% os repasses ao desfile de 2018, o governo resolveu abrir os cofres. Apesar do prefeito Marcelo Crivella ter cortado R$ 6,5 milhões, o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), Jorge Luiz Castanheira Alexandre, disse nesta terça-feira a Temer que eram necessários R$ 13 milhões para garantir o carnaval do ano que vem e saiu do Palácio do Planalto com a garantia de que o aporte será feito. A concessão gerou revolta no grupo de WhatsApp do PMDB na Câmara. Cardoso Jr. e Lúcio Mosquini (RO) reclamaram da promessa de repasse ao carnaval carioca em detrimento de outras demandas consideradas mais urgentes por outros Estados. Houve ainda quem criticasse o sinal trocado do Palácio do Planalto de liberar recursos poucos dias após anunciar aumento de impostos sobre combustíveis para ajudar no fechamento das contas públicas. Peemedebistas do Rio, por sua vez, rebateram as críticas. Segundo o Broadcast Político apurou, os deputados fluminenses Pedro Paulo e Laura Carneiro saíram em defesa do repasse. Deputado licenciado, o ministro dos Esportes, Leonardo Picciani, também defendeu a iniciativa do governo. Em tom de ironia, sugeriu a cobrança do ICMS no local de produção do petróleo, o que favorece diretamente o Rio, Estado considerado o maior produtor do óleo do Brasil. Hoje, o imposto é taxado no local de consumo.

Estadão Conteúdo
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