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O ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil Aldemir Bendine 22 de agosto de 2017 | 15:00

‘Oceano’, ‘Rio’ e ‘Lagoa’ eram senhas para propinas de Bendine

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Na denúncia criminal contra o ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil Aldemir Bendine, nesta terça-feira, 23, a força-tarefa da Operação Lava Jato anexou as mensagens com ordens de pagamentos do setor de propinas da Odebrecht. Foram R$ 3 milhões pagos a “Cobra”, condinome do ex-presidente da estatal que foram recebidos em São Paulo mediante a apresentação de três senhas: “Oceano”, “Rio” e “Lagoa”. Bendine está preso desde julho, alvo da 42ª fase da Lava Jato (Operação Cobra) e foi denunciado nesta terça-feira por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e embaraço às investigações. O ex-presidente da Petrobras teria solicitado R$ 17 milhões em propinas para Marcelo Odebrecht e para o executivo do grupo Fernando Reis. Para receber o dinheiro, usou os publicitários André Gustavo e Antonio Carlos, donos da Arcos Propaganda, como operadores. “Fernando Reis orientou o operador financeiro André Gustavo a comparecer na sede da Odebrecht para ajustar a operacionalização do repasse dos valores ilícitos. André Gustavo compareceu na Odebrecht, em data incerta, possivelmente no dia 15 ou 16 de junho de 2015, e obteve de Eduardo Barbosa, subordinado de Fernando Reis, as senhas “Oceano”, “Rio” e “Lagoa”, que deveriam ser pronunciadas pelo recebedor dos valores no ato das entregas sub-reptícias dos valores, para confirmação de sua autenticidade”, sustenta a denúncia. Os dois combinaram que a entrega deveria ser feita no endereço Rua Sampaio Viana, 180, Edifício Option Paraíso, Apartamento 43, Paraíso, na zona sul de São Paulo. O imóvel indicado era alugado por Antônio Carlos, operador de Bendine. Para receber os valores o operador escalou o taxista Marcelo Casimiro.

Estadão Conteúdo
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