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O ex-ministro Antonio Palocci 16 de setembro de 2017 | 07:15

Proposta de delação de Palocci tem 50 anexos temáticos

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A proposta de delação premiada negociada pela defesa do ex-ministro Antonio Palocci com a força-tarefa da Operação Lava Jato tem cerca de 50 anexos temáticos. Além de incriminar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as revelações aumentam o número de empresas investigadas por corrupção nos governos do PT e avança sobre o setor financeiro, além de ajudar a decifrar velhos escândalos do governo, como o mensalão. Réu confesso da Lava Jato desde quarta-feira, 6, Palocci passou de homem forte dos governos Lula e Dilma Rousseff a inimigo número 1 do PT, desde que revelou ao juiz federal Sérgio Moro que “Emílio Odebrecht fez uma espécie de pacto de sangue com o presidente Lula”. Palocci deu detalhes de um encontro no final do governo de Lula, em 2010, que envolveu o acerto de R$ 300 milhões colocados à disposição do PT e Lula pela Odebrecht e a garantia de uma “relação fluída” da empresa com o governo Dilma. “Não quero esconder nada.” Interrogado nesta quarta-feira, 13, Lula atacou duramente Palocci, a quem chamou de “simulador”, na tentativa de desqualificar suas revelações. Elas narram “um pacote de propinas” para o ex-presidente, que incluía a doação de um terreno para o Instituto Lula, de R$ 12 milhões, um apartamento no prédio em que ele mora em São Bernardo do Campo, reformas no sítio de Atibaia (SP), palestras a R$ 200 mil e os R$ 300 milhões “à disposição para o presidente fazer sua atividade política”.

Estadão Conteúdo
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