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O ex-presidente da Caixa Jorge Hereda 25 de outubro de 2017 | 19:30

‘Eu não tinha poder de tirar Geddel’, diz ex-presidente da Caixa

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Em depoimento na CPI da JBS, o ex-presidente da Caixa Econômica Federal (CEF) Jorge Hereda disse que não tinha poder para demitir o ex-vice-presidente de Pessoa Jurídica do banco entre 2011 e 2013, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA). De acordo com o site do jornal O Globo, Hereda afirmou que nunca houve achaque no banco ou pareceres encomendados para a liberação de empréstimos fraudulentos. Segundo o ex-presidente da Caixa, irregularidades envolvendo funcionários da instituição financeira aconteciam da “porta para fora”, ou seja, envolviam negociações diretas entre eles e os empresários interessados. Seria o caso, por exemplo, de alguém “cobrar pedágio” para que o processo pudesse começar a ser analisado no banco. Mas, uma vez iniciado esse processo, Hereda disse que as regras eram seguidas com rigor. “Vou confessar uma coisa: eu preferia que ele fosse o mínimo possível para a Caixa. Os senhores são muito mais experientes que eu nessa coisa de relação política. O senhor me perguntar se eu tinha poder, como presidente da Caixa, de tirar Geddel de lá de dentro, por favor! Vamos ser racionais. Eu não tinha poder de tirar Geddel”. Ele ainda ironizou o trabalho de Geddel, que foi, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, e teria recebido propina de contratos do banco. “Geddel inclusive era uma pessoa que trabalhava pouco. Chegava na segunda, tinha reunião na terça, na quarta atendia alguns deputados e, ó, ia embora. Eu, sinceramente, fiquei surpreso. Eu não tinha, não imaginava, sinceramente, que na área do Geddel pudesse ter acontecido alguma coisa, pelo desinteresse claro pela atividade dele”, disse Hereda.

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