10 de outubro de 2017 | 17:50

MPF denuncia Cabral e mais sete por corrupção em serviços terceirizados no RJ

brasil

O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro apresentou nova denúncia contra o ex-governador Sérgio Cabral e o ex-secretário de Saúde, Sérgio Cortes. Também foram denunciados o empresário Arthur César de Menezes Soares Filho, conhecido como Rei Arthur, o ex-operador financeiro de Cabral, Carlos Miranda, a ex-sócia de Arthur, Eliane Pereira Cavalcante; os doleiros Renato Chebar e Enrico Vieira Machado; e o funcionário de Enrico, Leonardo de Souza Aranha.Cabral, Cortes e Miranda estão presos na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio de Janeiro. Eliane está detida na Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, em Bangu, na zona oeste, e Arthur está foragido. Os demais denunciados nesta terça-feira estão soltos.O MPF destacou novamente a formação de um esquema de “grandes proporções de corrupção de agentes públicos, fraudes a licitação, cartel, evasão de divisas e lavagem de dinheiro no âmbito do governo do estado do Rio de Janeiro”. De acordo com o órgão, a nova denúncia trata da ramificação da organização criminosa liderada pelo ex-governador no setor de serviços terceirizados, identificada nas operações Calicute e Eficiência, desdobramentos da Operação Lava Jato no Rio.Segundo o MPF, em decorrência das investigações já foram recuperados aos cofres públicos US$ 100 milhões que tinham sido enviados ao exterior com origem em propinas. De acordo com os procuradores, Cabral recebeu US$ 10,4 milhões de Arthur Soares Filho, por meio do doleiro Renato Chebar, entre os dias 23 de março de 2012 e 21 de novembro de 2013. A propina foi depositada em contas em Antígua e Barbuda, na América Central, em pelo menos 21 transferências de recursos.Na denúncia, o MPF também destaca que Cabral e Miranda, sob a justificativa de prestações fictícias de serviço de consultoria “de forma livre e consciente”, solicitaram, aceitaram promessa e receberam vantagem indevida de Arthur Soares Filho e Eliane por pelo menos 38 vezes entre 2007 e 2011, em um total de R$ 1,06 milhão. Houve ainda, segundo o MPF, o pagamento de despesas pessoais de integrantes da organização criminosa. Sérgio Cortes recebeu R$ 148 mil entre 2011 e 2012.

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