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Líderes partidários afirmam que não vão registrar presença no plenário da Câmara nesta quarta 24 de outubro de 2017 | 11:57

Oposição anuncia boicote à sessão de votação da 2ª denúncia

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Líderes da oposição na Câmara anunciaram nesta terça-feira, 24, que não vão registrar presença na sessão plenária da quarta-feira, 25, quando está marcada a votação da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência). O objetivo é tentar impedir que a votação ocorra, deixando Temer “sangrando” por mais tempo. Para que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), possa começar os procedimentos da votação, é necessário que pelo menos 342 dos 513 deputados registrem presença no plenário. Esse é o mesmo quórum mínimo exigido pelo regimento interno da Casa para que a denúncia da PGR seja aceita. Juntos, partidos da oposição reúnem cerca de 100 deputados, o que, se somada a ala oposicionista do PSB, podem chegar a 120 parlamentares. “A responsabilidade de dar quórum é do governo. Mas é claro que, se o governo der quórum, nós vamos para o embate”, afirmou em entrevista coletiva o líder da minoria na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE). Ele disse que os “dados” da oposição mostram que Temer pode sofrer uma derrota na votação de quarta. “A vaca pode ir para o brejo amanhã”, declarou o petista. Ciente desse movimento da oposição, lideranças governistas na Câmara tentam mobilizar os deputados da base para que compareçam à sessão e marquem presença, mesmo os que vão votar contra o presidente. “Vamos monitorar a chegada dos deputados a Brasília para garantir que a sessão ocorra. Precisamos até mesmo que aqueles que vão votar contra registrem presença”, disse ao Estadão/Broadcast Político o líder do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE).

Estadão
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