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Delegado da Lava Jato intimou dono da empresa que forneceu o sistema de comunicação secreto, que tinha servidor na Suíça e Suécia, para Setor de Operações Estruturadas falar sobre corrupção 11 de outubro de 2017 | 07:50

PF quer saber quem mais usou o ‘Drousys’ do setor de propinas da Odebrecht

brasil

A Polícia Federal intimou os responsáveis pelo sistema de comunicação secreto do setor de propinas da Odebrecht, o Drousys, para apresentarem a relação de “todos os clientes” e quem eram os usuários. A suspeita é que outras empresas e pessoas fora do Setor de Operações Estruturadas da empreiteira também utilizaram as contas de e-mail que tinham servidor mantido na Suíça e na Suécia. O delegado Filipe Hille Pace, da Operação Lava Jato em Curitiba, requisitou à defesa dos responsáveis pela Draftsystems and Communications Ltd., desenvolvedora do Drousys, que apresente elementos sobre seis itens que servirão para instruir as investigações. Os dados do sistema de comunicação integram os materiais de prova entregues pela Odebrecht na maior delação da Lava Jato, fechada com o Ministério Público Federal em dezembro de 2016. O primeiro deles é a “relação todos os clientes (nacionais estrangeiros, pessoas físicas jurídicas) da empresa” com “comprovação documental dos reais beneficiários dos serviços, haja vista que os usuários eram identificados por codinomes”. Pede ainda a “apresentação de relação de todos os usuários nacionais estrangeiros cadastrados nos sistemas disponibilizados pela Draftsystems, em especial no sistema Drousys.” O despacho é do dia 21 de setembro e foi anexado no inquérito da Operação Abate I e II que apura corrupção envolvendo o ex-líder do PT na Câmara Cândido Vaccarezza, o advogado Tiago Cedraz – filho do ministro do TCU taldo Cedraz – e os lobistas Jorge Luz e Bruno Luz.

Estadão
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