10 de outubro de 2017 | 17:45

Querer lucrar com a Justiça não é bom negócio, diz procuradora a Joesley e Wesley

brasil

A procuradora da República Thaméa Danelon afirmou nesta terça-feira, 10, que fazer um acordo de delação premiada para ‘lucrar com a Justiça não é um bom negócio’. A investigadora se referia aos irmãos Joesley e Wesley Batista, denunciados pelo Ministério Público Federal, em São Paulo, na Operação Tendão de Aquiles, por uso de informações privilegiadas e manipulação do mercado. Thaméa Danelon e o procurador-Chefe da Procuradoria da República em São Paulo, Thiago LAcerda Nobre, acusam Joesley e Wesley de minimizarem prejuízos mediante a compra e a venda de ações e lucraram comprando dólares com base em informações que dispunham sobre o acordo de delação premiada que haviam negociado com a Procuradoria-Geral da República. “Chama atenção que essas práticas ilícitas, esses crimes foram praticados durante a celebração do acordo de colaboração premiada”, afirmou. “Fazer um acordo para querer lucrar com a Justiça não é um bom negócio.” Os irmãos estão presos. Segundo a denúncia, Wesley e Joesley atuaram para reduzirem o prejuízo com os papéis e lucrarem com a compra da moeda americana, aproveitando-se da informação privilegiada e, como consequência, manipulando o mercado de ações. “Sabedores das pessoas que eles iam delatar, como o presidente da República, ex-presidente da República, mais de mil deputados, senadores, ia ter um impacto no mercado financeiro, ia ocasionar uma instabilidade econômica, ainda que provisoriamente. Sabedores disso, eles obtiveram esse lucro fácil em cima da própria Justiça”, disse Thaméa. “Ficou demonstrado que esses dois denunciados são criminosos contumazes”

Estadão
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