16 de novembro de 2017 | 12:40

Justiça bloqueia R$ 18 mi na Operação Pegadores por fraudes na saúde do Maranhão

brasil

A Justiça Federal decretou o bloqueio de R$ 18 milhões de investigados da Operação Pegadores, quinta fase da Operação Sermão aos Peixes, deflagrada nesta quinta-feira, 16, para investigar desvios de recursos públicos federais por meio de fraudes na contratação e pagamento de pessoal, na execução de contratos de gestão e termos de parceria firmados pelo governo do Maranhão com entidades do terceiro setor. Segundo os investigadores, as fraudes se prolongaram até 2017. O Governo Flávio Dino (PC do B) informou que a ‘Secretaria de Estado da Saúde está totalmente à disposição para ajudar no total esclarecimento dos fatos’. Pegadores é uma ação conjunta da Polícia Federal, Procuradoria, Receita e Controladoria-Geral da União. A 1.ª Vara Criminal da Justiça Federal do Maranhão autorizou cumprimento de 45 mandados, dos quais 17 de prisão temporária e 28 de busca e apreensão. Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades maranhenses de São Luís, Imperatriz e Amarante, e também em Teresina. As diligências de busca e apreensão estão sendo cumpridas na sede da Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão e na Superintendência de Acompanhamento à Rede de Serviços. As prisões foram determinadas contra servidores públicos vinculados à Secretaria da Saúde, diretores, tesoureiros e administradores de organizações sociais. Segundo a PF, também estão sendo procurados empresários vinculados às empresas de fachada supostamente envolvidos no pagamento de propina a servidores públicos. O montante dos recursos públicos federais desviados por meio das fraudes chega a R$ 18,34 milhões. A PF estima que o dano aos cofres públicos pode ser ainda maior. O rastreamento de contratos e pagamentos indica que a organização continuou agindo ainda em 2017, mesmo após a deflagração de diversas outras fases da Operação Sermão aos Peixes. A PF deverá indiciar os investigados da Operação Pegadores, a nova etapa da Sermão aos Peixes, por peculato, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Estadão
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