16 de novembro de 2017 | 14:28

Marqueteiro do PMDB aponta contrato falso e entrega de R$ 1,4 mi ao Opportunity

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Em um dos anexos do seu acordo de colaboração premiada, o marqueteiro do PMDB do Rio de Janeiro Renato Pereira afirma ter firmado um contrato falso com o Opportunity com o objetivo de fornecer dinheiro em espécie para o banco de Daniel Dantas. Pereira é proprietário da Agência Prole, responsável por campanhas eleitorais de Sérgio Cabral, Eduardo Paes e Luiz Fernando Pezão. As informações constam no anexo 6 do acordo firmado com a Procuradoria-geral da República. Os termos da delação de Pereira foram tornados públicos pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), na terça-feira, 14. O ministro também devolveu a delação à PGR para que sejam adequados temas como a fixação da pena pela PGR, a autorização concedida ao delator de fazer viagens internacionais, o valor da multa fixado em R$ 1,5 milhão e a suspensão do prazo de prescrição. De acordo com o marqueteiro, em 2015, um dos sócios da sua empresa de comunicação informou conhecer uma “pessoa do banco Opportunity que lhe havia informado que o banco tinha interesse de obter dinheiro em espécie”. Segundo esse sócio, apontando como sendo Willian Passos, o banco de Daniel Dantas teria a capacidade de “absorver” até R$ 2 milhões. Em seu depoimento, Pereira explica que por conta da campanha eleitoral do ano anterior, 2014, eles possuíam na agência Prole “recursos não contabilizados em espécie”. Pereira conta ainda que então enviou por meio de Passos o valor de R$ 300 mil para um “emissário” do Opportunity. Outros dois sócios da empresa, diz Pereira, também repassaram cerca de R$ 300 mil cada ao banco. Responsável pelo contato com o emissário do Opportunity, Passos teria repassado R$ 500 mil ao banco. No total, os valores citados por Pereira alcançam R$ 1,4 milhão.

Estadão Conteúdo
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